Gustav Klimt(Baumgarten, Viena, 14 de Julho de 1862 - Viena, 6 de Fevereiro de 1918) foi um pintor simbolista austríaco.
Em 1876 estudou desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição académica nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum. Klimt foi também membro honorário das universidades de Munique e Viena. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição na Galeria da Secessão de Viena.
O friso Stoclet e o auge do período dourado
A sua última grande pintura mural é o Friso Stoclet (1905 a 1909). Adolphe Stoclet, um magnata belga a viver em Viena com a mulher, mandou construir um palácio, deixando-o a cargo do Wiener Werkstatte ("Ateliê Vienense"), no qual se destacavam o arquitecto Josef Hoffmann e Klimt. É aqui que o pintor experimenta uma mudança no estilo, surgem os motivos geométricos repetidos, deixando aparecer apenas algumas partes essenciais realistas, que permitem o seu entendimento. Aqui é usada uma cobertura ao estilo bizantino, bastante cerrada, como mosaicos, onde o realismo e a abstracção se confrontam.
Em "O Beijo" (1907/08), baseado em si mesmo e na sua amante Emilie, a mulher fatal aparece submissa, comunica uma sexualidade latente. "O Beijo" constitui o auge do período dourado e torna-se o emblema da Secessão.